Apresentadores usam inteligência artificial para reproduzir movimentos faciais humanas e tem voz robótica; robôs são inspirados em pessoas reais.
Se alguém ainda acha que ainda estamos distantes de uma era “Black Mirror”, é bom ficar de olho nas novidades chinesas. A agência de notícias do governo da China, Xinhua News Agency, lançou seus dois primeiros âncoras de telejornal completamente feitos com inteligência artificial (IA), e desenvolvidos em parceria com a empresa de tecnologia Sogou.
Criados a partir da aparência de pessoas reais (a versão chinesa é inspirada no jornalista Qiu Hao e o inglês Zhang Zhao), os repórteres virtuais usam a inteligência artificial com o objetivo simular a voz, os movimentos faciais e os gestos de pessoas reais.
O robô-repórter inglês, que ainda não tem nome - ele aparece como “English IA Anchor”, ou seja, Âncora Inglês de IA, em português –, simula os movimentos do rosto com direito a olhos piscando e sobrancelhas que se mexem, tudo para dar uma ilusão mais real de expressão facial. O boneco, no entanto, não gesticula ou tem reações.
Vestido de terno e gravata na bancada dos vídeos do canal de notícias, ele também tem voz sintetizada e meio robótica. Para fazê-lo falar, basta colocar o texto diante do jornalista virtual para que ele leia e apresente qualquer conteúdo, agilizando o processo de levar informação ao público.
Em um vídeo de apresentação, o robô contava que era seu primeiro dia no papel de âncora para a agência de notícias estatal e prometeu “trabalhar incansavelmente para manter o público informado, pois os textos serão digitados no sistema ininterruptamente."
A vantagem, de acordo com a Xinhua, está nas reduções de custos que o boneco pode trazer como também na produtividade: afinal, o âncora pode trabalhar o dia todo, durante 24 horas sem parar e "incansavelmente."
Fonte: Tecnologia - iG @ https://tecnologia.ig.com.br/2018-11-09/jornalista-feito-de-inteligencia-artificial.html
Fotos: Reprodução internet