segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Coluna Poesia Alternativa - ALMA AVULSA

Imagem: ilustrativa 

Sou toda forma, todo verso, todo olhar…
Sou maresia de risos, sou esconderijo,
Monstro a me assombra!
Sou queda e levante constante
Contente por nunca me deixar.
Eu me levo na constância de nada ser
Espero o retorno para esse profundo mar.
E se podes me ver, escancara-me!
Porque cada um abre em mim um cômodo
Secreto cômodo a mim mesmo.
Sou força sobre minhas fraquezas tolas;
Sou lágrima travessa na rede do sorriso;
Sou essa própria tentativa de me explicar em versos.
Mas o que sou, de fato, sem sombras de dúvidas,
Como verdade que lateja,
Apenas sou um sussurro,
A primeira nota de um cântico distante…
Não ficaria surpreso se o por vir fosse nada.
Mas a morte é uma porta doravante
É quando a casca é arrebentada
E cada alma descasulada é borboleta que voa distante
Em busca de uma parte sobre nós
Que a nós nunca foi contada!
Por: Juvenal Arruda

                                                              

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