quinta-feira, 27 de julho de 2017

Livro conta a trajetória de agricultor cearense que participou da 2ª Guerra Mundial

O livro foi lançado este ano (FOTO: Arquivo pessoal)

Um sertanejo nascido em Itapipoca, no interior do Ceará, resolveu lançar uma obra com relatos que vão de 1921 a 2001, uma trajetória de 80 anos de vida.


Dentre a sua caminhada, está o momento em que Antônio Simão do Nascimento, dentre outros feitos, “atendeu ao chamado da Pátria” em 1943, e vivenciou a experiência de seguir rumo à Segunda Guerra Mundial, na Itália. Ele é o protagonista da narrativa, contada, em parte, por ele mesmo e, em outra, pelos descendentes.

O livro “Memórias do meu passado”, lançado este mês em Fortaleza, traz narrativas simples de um anônimo cearense participante de um dos mais intensos conflitos da história da humanidade.


O livro foi lançado este ano (FOTO: Arquivo pessoal)

Escrita por ele mesmo, a obra foi repassada aos filhos e netos no ano de 2001, data em que foram comemorados os 80 anos do protagonista. Manuscritos feitos em um caderno e, posteriormente, digitalizados para chegar à família. Antônio Simão faleceu anos depois, em 2013.


Para homenageá-lo e, mais ainda, como forma de auxiliar o acesso da sociedade a este legado da história brasileira e da história local, da identidade sertaneja e da memória social, a família Nascimento transformou, em 2017, o conjunto de anotações em livro, publicado pelo Caravela Selo Cultural.

Incorporado ao relato principal da publicação, organizado de forma datada, há imagens do acervo particular referente à Segunda Guerra, construído também por Antônio Simão e guardado pela família.

A família possui um acervo pessoal de 149 fotos e alguns objetos como acessório de fardamentos, conservados ao longo dos anos.

O livro conta ainda com outros textos escritos pelos filhos José Clewton e Vânia Lúcia do Nascimento e pela neta Fabiana do Nascimento Pereira, que trabalham o conteúdo do livro do ponto de vista arquitetônico, histórico e social, campos de estudos dos referidos escritores.


A publicação dialoga com uma memória coletiva de um Brasil que participou da guerra, com o período do governo Vargas e a relação do governo brasileiro com a Europa, depois entra no período do desenvolvimentismo econômico, período em que seu Simão volta dos campos de batalha e torna-se funcionário dos escritórios de construção civil de estradas no interior do Ceará.

Fonte: Tribuna do Ceará / Por Lyvia Rocha

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