A polêmica envolvendo a atuação da jogadora transexual Tifanny Abreu na Superliga Feminina de Vôlei ganhou um novo capítulo. Agora, os clubes que disputam a competição, supostamente, estão se organizando para pedir à Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) a exclusão da atleta que joga pela equipe Bauru, do interior de São Paulo.
A informação é do blogueiro Bruno Voloch, especializado em vôlei, e que pertence ao jornal O Estado de São Paulo (Estadão). Em publicação feita na segunda, dia 5 de fevereiro, ele afirma que, até mesmo o clube de Tiffany estaria, veladamente, apoiando a ideia de proibir a atleta de jogar.
Esta suposta "movimentação" dos times que disputam a Superliga Feminina de Vôlei seria devido ao fato de os números que medem o desempenho da jogadora estarem "melhorando consideravelmente" nos últimos jogos, segundo o jornalista. Outro fato que estaria motivando o protesto, de acordo com Bruno Voloch, seria a proximidade dos playoffs (jogos eliminatórios) da competição, que se iniciam na primeira quinzena de março.
O texto publicado no blog do Estadão afirma, ainda, que os clubes não admitirão, publicamente, que estão com a intenção de retirar Tifanny da Superliga, para não gerar indisposição com os patrocinadores – já que a atitude poderia ser associada à homofobia. Entretanto, Voloch garante que os times já oficializaram a insatisfação à CBV, porém, a chance real de a atleta transexual ser excluída da competição deste ano é pequena.
O jornalista finaliza afirmando que, se o Comitê Olímpico Internacional – que está analisando o caso de Tifanny –, continuar mantendo a autorização para ela atuar, a CBV será ainda mais pressionada pelos clubes a tomar uma decisão sobre o caso para a próxima edição da Superliga.
Tiffany Abreu, que nasceu Rodrigo Pereira de Abreu, tem 32 anos e já disputou divisões inferiores do vôlei, no Brasil, além de outras ligas masculinas na Indonésia, Portugal, Espanha, França, Holanda e Bélgica. Após concluir o tratamento hormonal, a jogadora chegou a jogar na segunda divisão do vôlei italiano até, finalmente, receber autorização do Comitê Olímpico Internacional para participar da nossa Superliga Feminina.
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